terça-feira, 13 de outubro de 2009

Arriscar ser derrotado

Se vc ao menos quiser a coragem para desembrulhar esse pacote, se quiser a faísca, o sossego, e ainda assim quiser mais, sabendo que nada é eternamente suficiente, estou olhando de quando em vez meu aparelho. A espera. A escolha é pessoal, íntima e difícil.

É porque os significados das mesmas palavras mudam, assim como a gente. E de te ter conhecido, mudei, e para mim isso tem um valor imenso. E agora que o laço apertado começou a afrouxar, e eu não vejo mais os dedos que começaram a desatar esses nós. E no meio do riso em situação qualquer me pego frouxo, podendo tropeçar nos nós meios presos meio soltos. Meio sei lá o que.

Eu tenho ambição de não levar uma vida de migalhas, as vezes chego até a ser guloso. Tenho o coração do tamanho do mundo dentro de minhas portas quietas, distantes. As vezes me ocorrem tantas chaves que nem consigo chorar, nem doar. Mas eu quero tanto...

Talvez eu tenha esquecido como se age nessa situação que me encontro. E de ter ficado tão sozinho pareça que mais feliz assim eu seja. Tornei um felino alvo em feroz. Você que estava todo interessado foi desencantado por mim? Em que eu me tornei? ( essa pergunta que eu faço é para mim também) Eu não quero perder a possibilidade de felicidade nem minha fortaleza. Para onde vou? E o que fazer? Eu não sei, estou aqui e vou descobrir.

"Vou seguir o chamado, onde vai dar eu não sei."

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

título para quê?

Desejos, receios, sensação simples de que carrego possibilidades importantes em minhas mãos. Mas mesmo assim parecendo que posso tanto, o vento simplesmente sopra para outro lado e ameaça tudo outra vez. Eu, eu não posso fazer nada contra o vento. Ele sopra manso, ele muda de direção, vai, volta, ele faz um catavento girar e também derruba em ventania o que mais sólido parece.
Mas o que eu quero falar é das coisas que sinto. Das coisa mais presumidas, mais inesplicáveis, mais fáceis de entender quando quando o que acontece não é conosco. Eu queria tanto controlar o seco do incontrolável. Controlar simples sentimentos tão conhecidos.
Embora haja tantas possibilidades, e tão forte eu pareça, mesmo diante dos mais fundos abismos de mim mesmo, eu tremo. Eu queria suavemente abraçar alguém agora, porque silenciosamente ouvindo uma música sentimental demais, eu fraquejo, e esse milésimo de segundo parece que não vai passar mais nunca. E esse abraço ajudaria a fechar os olhos manso.

Está tudo sobre meu controle, mas eu não entendo o porquê parece sempre que falta um pedaço. Na verdade é que sou um sentimental, e sempre que parece que quando estou próximo de reaproximar de mim mesmo, resisto e seguro mais um pouco, e não consigo deixar-me ir. Teimosia de não sei o quê. Talvez a hora verdadeira não tenha chegado. A hora do acerto em que tudo balança na direção certa. O encontro do íntimo do íntimo, que é melhor não tentar explicar.
Reflexão vertical.
Espero que passe logo, no máximo quando acordar.