terça-feira, 28 de abril de 2009
O que eu não gosto
Quando pensei bem, vi que meu olhar teve brilho de esperança, sonhando, querendo. Quem sabe um dia chegasse minha hora, a hora que pudesse enfim deitar e partilhar de sua boca, seus pelos, braços e coxas... e quem sabe então não mais me sentir sozinho... Eu duvidei, perdi os sonhos, lágrimas, horas. Fiquei na frente do espelho ensaiando a fuga, para seguir viajem. Não consegui, erros, amor, fraqueza. Não sei o quê. Essa idéia de perpetuar tudo. Para que? Chorei baixo, silenciei, por amar demais, por querer demais, por não conseguir esquecer, por despreparo talvez. Quero uma tatuagem para marcar. Quero tanto esse cheiro de aconchego. Quero poder deixar que isso passe. Quero não pensar duas vezes quando acordo sozinho. Por que é difícil, porque eu preciso, preciso desse amor, para não me sentir um fracasso, um feio, um bobo... Preciso mudar. Chega de maquiar, de camuflar, que essa dor, je n'aime pas.
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