segunda-feira, 9 de março de 2009
querer mais
eu quis mais, mais do que poderia mesmo dar. Mas eu queria mesmo assim, querer mais é uma chance a si mesmo. Resisti com força o sentimento tolo que me jurei várias vezes congelar, porém ele queimou. Espalmei minhas mãos nas suas sem entrega, mesmo desejando isso. Fingi não querer o que quero, por que meu orgulho me torna tolamente mais rígido e fechado para coisas dolorosas e surpreendentes. Mas eu sei silenciosamente que o que quero provavelmente não terei. Só me resta sonhar, sonhar de leve, para refrescar esse calor, esse fogo guardado. Domar essa urgência adolescente, por que afinal de contas estou tentando amadurecer. Antonio Lopes
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