sexta-feira, 26 de junho de 2009

Talvez eu use uma dessas máscaras de ferro, ou de louça fina a depender da ocasião. Talvez minhas asas estejam no papel, ou sejam de papel. Ora o cadeado esteja aberto, ora fechado, pode ser que se perca a chave para sempre, daí a máscara fique agarrada ao meu rosto já habituado.
Eu conheço os caminhos que escolhi, eu provo da fruta que desaprovo, eu bebo do veneno que me mata, eu parto meu próprio coração. As vezes sei as vezes não. As vezes acho que terei uma estrada dourada, as vezes acho que não existem contos de fada.


A lágrima vertida está seca, fui incapaz de enxugar.
O coração de remendos nem teme quebrar.

Há pelo que chorar?

Promessas dúvidas?

Não posso chorar pelo que nunca tive, nem nunca foi meu, assim diz a lição.

Se tive quando não quis, e quando quis não pude. Meu amor que fazer?

O que fazer se não há o que dizer? O que dizer se não há o que fazer?


Meu momento de dor agora, passará de manhã, assim espero.
Minha força não está na dureza e impossibilidade de sentir, mas na rapidez de me regenerar e aprender.

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