Quarta-feira, 22 de Julho de 2009
Colegial.
Perdi o bilhete da loteria onde nenhum número eu tinha acertado. Apostei um centavo em um cavalo aleijado. Por isso não me surpreendi de não ter chorado. Derramando-te por entre os meus dedos mesmo quando você nunca esteve em minhas mãos. É perder o que nunca tive e mesmo assim sentir falta. Doença a qual quero ser curado, mas essa é terminal, sem diagnóstico, não há cura nem prevenção. Fui tolo em acreditar em minhas inúteis promessas a mim mesmo que não iria me machucar ao pular do precipício. A sensação é ótima e o vento no rosto é inesquecivelmente excitante. Eu sabia que encontraria um dia o chão e sinceramente demorou mais que o calculado. E eu sou culpado, pois pularia de novo, de novo, e de novo, e quem sabe um dia te encontraria lá embaixo, vendo minha vida passar sentado, esperando por ninguém na porta de uma escola.
[foto: fragmento - Hyppolite Flandrin, "Jovem sentado a beira mar"]
Postado por Xanthós às 23:35 1 comentários
Marcadores: textículos
sexta-feira, 24 de julho de 2009
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