sexta-feira, 31 de julho de 2009

Catando os pedaços

Eu humildemente sorri. Sorrir talvez sempre seja uma coisa positiva. Sorri brando, com olhar firme com brilho de quem imagina e espera o futuro e sabe que em algum momento virá o doce da vida. Sem maiores espectativas. É que fazia dias já que minhas coisas caíram e eu ainda esperava ser apanhado, e no provável momento de captura, eu não obtive, pareceu que tudo aquilo no chão nem houve. Pareceu-me um colega qualquer de um encontro qualquer simpático pela educação, também de um tempo qualquer. O grande momento, o sonho, aquele meu grande sorriso e fervor de deleitar-se, que só de sonhar já me fazia corar, talvez tenha sido perdido pela minha aposta idílica, ou a minha aposta sido perdida. Ou ainda, nem nunca seria nada, pois como ouvi dia desses apostei um cruzado furado, num cavalo alado, que cedo ou tarde, poderia se tornar feio, embora belo. O dia seguinte não veio, nem o outro, nem o outro, dias depois apesar de guardado, o fogo ainda esperava quieto manso, mas ainda ansioso, porque há momentos em nossas vidas que percebemos um cansaço de queimar com força sempre. Eu fiz hora, esperei, enganei assuntos com pessoas do caminho, e consegui não sei se a melhor revelação durante o encontro. E o pequeno trajeto que nem fazia parte de meu caminho. Houve um terror suprimido pelo sorriso de sempre, terror exagerado, pela coisa que urge nem sei porque... Foi assim, com um pouco de pressa por que teria de arrumar as malas pois haveriam vinte e um dias além mar de tudo aqui, tive meu nome confundido. Se por um momento valeu-me o corpo seco, por que de qualque forma haveria essa desligação, por outro afastou ainda mais não ter tido nem a primeira troca. Dai então simplesmente estou na dúvida se ganhei ou se perdi. Se só eu joguei um jogo inventado por mim, em que nem arriscado nada foi.
Pode ser ilusão, pode ser o que for.

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